quarta-feira, 10 de setembro de 2014

DIÁRIO DA FAXINEIRA # 23 - Capítulo 23 - Josicleide e o efeito Amarula

Sexta-feira é dia bem bom, com este solão tá uma belezura! Tô aqui faceira limpando os vidros na casa do bonitão do porcelanato, aquele que parece meio fresco, como é mesmo que se diz agora: meterosexual? É deste tipinho que a gente não sabe bem o formato da bolacha que gosta. Gente, cês não imaginam a tonteira que eu tô, tudo gira, a janela aqui mais tá parecendo  o vai e vem do parquinho. Bebidinha bem boa aquela do vidro bonito, a tal da Amarula. Bem que a Clarineusa, minha amiga bem entendida das bebida, me contou que era bem bom tomar este negócio. Ao meio-dia eu não tava muito com fome, resolvi tomar um pouco, aquilo até que parece um todinho, uma  cor bonita, bem cremosinho, achei que servia  como alimento. Só que eu fui tomando aquilo, tomando e me empolgando... Bebi quase toda a garrafa, e ela tava quase cheia quando eu comecei o serviço, deixei um bocadinho só. Tomara que o patrão bonitão não arrepare, senão tô frita, não tô em momento de perder mais uma faxina.

Gente lá embaixo parece que tem um monte de anão, eu tenho o maior medo de anão, desde criança, não sei o porquê, os coitados nunca me fizeram nada, nadinha mesmo. Parece que eu vejo anão pra tudo quanto é lado, a casa tá sendo invadida por anões. Tem anão moreno, negro, branco, ruivo, japonês. Grito, peço ajuda da vizinhança, mas só chega mais e mais anão. É uma invasão de anão! Um arrastão! Grito mais e mais, pulo, pego uma vassoura pra espantar este monte de anão, mas não consigo. Cada vez chega mais e mais anão, agora eles tão subindo as paredes da casa, uns dançando, outros rindo alto. Chega então um anão, me agarra forte pelo braço e me expulsa do apartamento, Sabe que até que olhando assim de relance ele parece um pouquinho com o meu patrão, este mesmo, o bonitão do porcelanato.

sexta-feira, 28 de março de 2014

DIÁRIO DA FAXINEIRA # 22 - Capítulo 22 – Pilha Duracell, cupequeique e Viva o Samba

       Ufa, sexta-feira... QUE MA-RA-VI-LHA!!!!!! Sabe que trabalhei um bocado, tá como sempre, nenhuma novidade na vida da faxina. Mas é que agora tem a Tetê, que tá tão enlouquecida, engatinha numa velocidade que tu não tem noção, parece até que tem uma pilha daquelas bem boa, como chama mesmo? Duracell! Só que é muito da boa, assim tipo Duracell infinita! Pois tu imagina que fico eu correndo a manhã inteira, inteirinha atrás da guria, apavorada, porque tu imagina se ela se pisa nas minhas mãos? Deus me livre, já botei até nas minhas reza que nunca se machuque comigo, quer dizer não quero que a Tetê se pise nunca, mas muito menos comigo, né? Passo a manhã trocando fralda, correndo atrás da engatinhadora oficial, faço a comida da família, lavo a louça, almoço e me mando pras faxina da tarde. E não é que esta semana o trabalho da limpeza também foi grande! A Dra. em Letras tava viajando pra estes congresso chique, que ela dá palestra, sabe coisa muito da fina. Então eu fiquei de cuidar do Adamastor, que eu já te disse que acho um gato muito chato, mas não digo não pra Dra. não, porque ela é sempre muito boa pra mim. Então depois da limpeza na casa de um e de outro, tinha que passar pra dar comida, água, leite, o raio daquela ração e daquele patê cheiroso do gato. Bá te conto que me dá uma vontade de dar uma provadinha naquela comida cheirosa... Bem, esta semana tava mais corrida que nunca: o Bonitão do Porcelanato resolveu fazer uma festa no apê chique dele que tudo brilha, só que depois da festa ficou tudo um desastre! Desculpa, mas eu acho gente rica muito porca, porque os amigos dele devem ter grana feito ele, né? Acho que é sempre assim: pobre tem amigo pobre, rico tem amigo rico. Não é assim? Tava tudo um lixo, papel de doce pra todo lado, as garrafas de freichené espalhada pela casa. O bom foi que ganhei uns bolinhos daqueles cupequeique, ele sabia que eu já tinha comido uns quantos de tarde, deve ter notado falta quando chegou do trabalho. Acho justo, afinal tenho que ganhar força pro trabalho! Tenho que te falar da minha diversão e faz dias já: sabe que eu fui no Nivea Viva o Samba com o Martinho da Vila, a Alcione, o Diogo Nogueira e a Roberta Sá no palco do Anfiteatro Pôr-do-sol? E tu foi também? Tinha muita gente, tava lotadão e foi tudo muito lindo. Coisa bem boa de domingo! Bom, agora vou tomar banho, comer o que encontrar na geladeira, acho que ainda tem uns bolinhos daqueles dos bons e depois vou é dormir mesmo! O Cleminho vou ver só amanhã, ele tá de viagem pro Paraguai. Tô só pelos presentinhos... Bom fim de semana pra ti. Faz quem nem eu: aproveita pra descansar e pra se divertir!

sexta-feira, 14 de março de 2014

DIÁRIO DA FAXINEIRA # 21 - Capítulo 21 – Josicleide na sexta boa: spray, laje, churras, ceva e pagode!


Ufa! Que coisa bem boa chegou sexta-feira!  Hoje tem churras e pagode na laje da Jucilaine, eu vou me arrebentar de tanto sacolejo e comilança! Tô precisada! Sabe que eu trabalhei um bocado esta semana, não tive nenhuma folguinha. Tô me babando por uma ceva e doida pra dar uma pegada daquelas no Cleminson, mas isto vô fazer antes de ir pra festa, que não sou boba nem nada, porque depois a gente come, bebe e fica sem força pro bem bom. Não sei se contigo também é assim? Mas eu aprendi: meu negócio é ir pra festa prontinha. Vou pra laje na seca só de bebida e não do rala e rola! Senão depois o Cleminho chega meio bebum ou eu, ou os dois, e aí que não dá nada. O Cleminson mal deita na cama e já tá roncando.
            Deixa eu te contar, te lembra que tô cuidado de bebê? É a Tetê! A menina tá muito é da lindinha, vai fazer dez meses, tá gorducha que só vendo. Nem eu sabia que eu ia gostar tanto de ser babá, não é que a minha patroa Doutora em Letras acertô na mosca? Eu não queria aceitar, não sabia muito direito como era isto de ser babá, ela que me fez a cabeça, me encheu o saco dizendo que era um trabalho bonito e que eu ia gostar!  Agora só não entendo é isto de ser mãe. A mulherada deixa as crianças com babá e na escolinha, pega dormindo ou quase isto, mal enxerga a filha. Sei que eu não sou mãe da Tetê, mas acho que eu sou mais mãe que a mãe de verdade e acho isto pra lá de esquisito!
Tu já ouviu uma propaganda no rádio de um menino que pede comida pra mãe e ela oferece um sanduíche e a criança diz que quer comida de verdade, então a mãe lembra de um restaurante que faz tele-entrega de comida? Pô, eu acho aquilo o fim da picada, uma barbaridade. Mãe que oferece sanduíche no almoço! Pode isto? Me diz: tu acha isto normal? A tal da propaganda me dá nos nervos! Sempre fui pobre, mas nunca faltô na mesa o arroz com feijão caprichadinho da minha mãe, carne nem sempre tinha, mas aí é por causa da careza, não de má vontade da minha mãe.
Te conto que tô querendo de ensinar pra Tetê tirar as fraldas, mas a mãe dela, minha patroa, não quer, claro, tem dinheiro pra pagar! E até porque ela quase nem limpa aquela bunda! Pouco sabe sobre a Tetê. Fico sem entender nada. Pequeninha coitada já pegô mamadeira, a mãe não deu mamá porque tava muito difícil, doía muito. Claro tem grana pra bancar aquele leite bem caro, como é mesmo o nome... Nan, isto: nan! Pois é uma lata daquele troço banca churras e com ceva pra minha turma de amigos.

Bom conversar contigo, vô terminando por aqui que já tô me arrumando pra esperar o Cleminho que loguinho tá chegando. Lingerie vermelha e com orgulho que o colorado mandô bem esta semana. Graças a Deus, porque a vitória do Inter me garante sexo do bom! Lembra que o meu namorado fica atacado quando o Inter perde e aí não rola nada? Um perfume no lugar certo, a caixinha dos brinquedinhos de sex shop já tá separada. A minha amiga Lucimara me chamô pra promoção do líquido vibratório com spray, tu não conhece ainda?  Coisa muito da boa, melhor que andar de montanha-russa! Vamô que vamô! Minha noite promete, espero que a tua também. Bom fim de semana!

sexta-feira, 7 de março de 2014

DIÁRIO DA FAXINEIRA # 20 - Capítulo 20 – Mofo, Mosca e Molejo – Josicleide pulando no Cassino!

       
       Tô numa canseira que tu não imagina, mas não é só de samba na avenida, não!  Da limpeza grossa também! Lembra daquele casal de velhinhos, os tios-avós do bonitão do porcelanato? Aqueles dos produtos de limpeza marca diabo, mas que são gente boa pra caramba que me deram uma baita cesta de Natal? Pois é, me ofereceram uma casa pra passar Carnaval com meus amigos, disseram que a casa era bem grande e dava de acomodar umas oito, até umas dez pessoas. Não era bem um presente, não tinha que pagar diária, era só abrir a casa, fazer uma boa de uma limpeza e cortar a grama. Até aí tudo bem, juntei minha turma de amigos, já que podia dez, chamei uns onze e nos bandeamos de busão pro Cassino. Loucurada na Rodoviária, aquilo bombando, um povão que só vendo.  Te conto que eu não conhecia o Cassino, só Cidreira, Pinhal, Tramandaí e Capão. Daí que eu bem que gostei do Cassino:  mar bonito, calminho, quente, coisa bem boa, cheio de carro na beira da praia, a avenida principal é cheia de árvore, os blocos de carnaval tudo muito do animado, vai o samba pela madrugada adentro, tudo organizado, todos os blocos tem camiseta, fantasia e som do bom. Só que lá pelas tantas choveu, e quando chove, vira tudo um barral que é um horror! Não pulei só Carnaval, não, pulei os buracos mesmo! Que dó do meu tênis novinho! Nada de calçada, muita é da sujeira, esgoto, fedorão e dos brabos. E na tv ficam falando que a cidade de Rio Grande tá rica e cheia de emprego! E a praia danada de linda, toda abandonada, feito a casa dos meus patrões, que agora te conto o estado que tava quando a gente chegou! O Cleminho botou as mãos na cabeça quando botou o olho no tamanho da grama pra cortar e depois disse um palavrão muito do cabeludo que nem tenho coragem de te repetir (e olha que eu sou bem desbocada!), mas também era uma floresta que não tinha fim, tu não faz ideia. Dividimos o grupo: homeredo na grama, mulherada na faxina! Todo mundo pegou geral e bonito, porque amigo meu não é deitado. Se é deitado pode ser é cunhado, irmão, primo, parente, mas  amigo meu, não é mesmo! Bom, te conto que passamos limpando um dia e meio, mas a casa ficou que é um brinco, tinha que ver, tiramos até foto antes e depois pra mostrar pros velhinhos. Assim eles podem nos emprestar de novo a casa, que muito nos interessa, né? Voltamos na quarta de manhã, que na quinta todo mundo tinha que voltar pro batente, mas foi muito do divertido. Fora o mofo que tinha na casa e muita da mosca em volta do nosso churrasquinho, mas não faltou molejo, alegria e muito samba no pé. Ano que vem se der vamô de novo pro Cassino, só que desta vez eu quero ir num bloco. Só não escolhi é qual, porque gostei foi de todos!!! Bom fim de semana e bom descanso pra ti também. Se é que tu tá cansado feito euzinha! Tô louca pruma cama! E desta vez é pra roncar mesmo, não é pra festa com o Cleminho, viu?

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

DIÁRIO DA FAXINEIRA # 19 - Capítulo 19 – Josicleide, Teresa Cristina e a Festa da Uva


Bá, gente, que saudade de contar minha vidinha que eu tava! Mas não é que dois mil e treze passô voando e nem me dei conta de escrever nadinha, só lá o brinde do início do ano? Pobre nunca tem muita da novidade, mas eu até que tenho alguma pra ti. Não terminei com o Cleminho não! Sabe  que ele até já parô um pouco com aquela palhaçada de ciúme de amigo meu? Já viu que comigo não dá certo, ou confia ou cai fora! A novidade é de trabalho mesmo. Não, eu continuo nas faxinas, mas me pintô um serviço bem bacana e que me dá um trabalhão danado, mas até que tô gostando. Coisa lá da minha patroa Dra. em Letras. Não é que nasceu uma sobrinha e ela encasquetô que eu que tinha que cuidar da menina, que creche todo dia não é bom pra bebê? Nem é creche que chama mais, agora é escolinha, né? Sei lá, se tem diferença o nome do lugar de largar as crianças! Bem, te conto que nasceu a tal Teresa Cristina (se isto lá é nome pra criança! Rico tem cada gosto!) e lá fui eu cuidar da menina de manhã, porque de tarde ela vai pra “escolinha”. Tu já imagina minha manhã como é agora, no meio de fralda cagada, porque sabem cagar estes bebezinhos, né? Cruz credo! De tarde tô nas minhas faxinas de sempre. Fui no show do Thiaguinho na Festa da Uva! Tu não? O Cleminho prometeu e me levô, a gente foi de turma com a Clarineusa, o Dyonath Uóxinton, a Lucimara, o Richardison, a Jucilaine, a Dieniffer Estefany!  Adoro uva, com pagode, amor e amigo então, melhor ainda! Comi tanta da uva que tu não faz ideia, provei cacho da branca, da preta, da rosa, queria ver qual é que eu gostava mais, Pior comi, comi e continuo sem saber, gosto mesmo é de todas. É que nem sexo, que posição prefere, bobajada depende do dia, da inspiração ou da preguiça. Coisa bem boba! Mas voltando pra história da uva, eu comi tanto, mas tanto, que a Jucilaine ficou me enchendo, que eu ficar ruim da barriga. Que nada! Tava é muito do bom! Só lá meio trancada, até que me fez foi bem! Tô só é meio sem voz, de tanto gritar, cantar e berrar no show do Thiaguinho. E o Cleminson, quieto, fez lá uma cara feia, e eu nem bola... Ele tá aprendendo a não fazer chilique.  Comigo não dá, sou faceira e ele que trate de se acostumar! Agora tô só pelo carnaval... Na semana que vem  te conto tudinho! Bem, vô terminando por aqui os assuntos, porque a Tetê tá chorando. Claro que dei um apelido pra coitada, porque Teresa Cristina ninguém merece. Tomara que não seja mais cocô, que hoje tá triste a coisa por aqui, tá meio esverdeado e líquido, troço nojento, desculpa, melhor nem te falar! Não sei o que andam dando pra esta guria comer: guisadinho de urubu? Já ia até me esquecendo: um bom carnaval pra ti!

Diário da Faxineira #18: Capítulo 18 - Receita básica pra ser feliz da Josicleide



Depois do calorão do Natal, nem acredito que hoje tem até um ventinho, que maravilha! Mas deixa eu te contá, que eu tô é tri faceira com meus presentes de Natal, tu nem imagina, não teve patrão pra esquecer de mim neste natal! Todos lembraram!

A Drª em Letras me deu três vezes o valor da faxina e ainda mais um kit com sabonete, xampu, condicionador, hidratante tudo das marca boa dela (que eu bem que dou uma roubadinha quando faço a limpeza na casa dela, não sei se ela deu uma indireta, mas vou continuar usando igual).

O bonitão do porcelanato me deu um chocotone (eu sempre faço um lanchinho com chocolate na casa dele, he,he,he!!!), o bancário fruta me deu umas bolachinha amanteigada daquelas chique numa caixa daquelas bem linda, vou até aproveitar para guarda minhas biju dentro.

Mas o presente de patrão mais bonito de todos foi a cesta do casal de velhinhos, os tios-avós do bonitão do porcelanato, lembra os que economizam nos produto de limpeza? Até tô me acostumando com limpeza com produto marca diabo, o casal é tão querido comigo que eu nunca mais vou reclamar de marca nenhuma. A cesta tinha tudo do bom e do melhor: peru, compota de figo, pêssego e abacaxi, creme de leite, palmito, pepino, azeitona, caixa de bombom. Tinha até sidra, ai eu vi que escreve com s e não com c, mas é que pra mim bebida boa é com c: cerveja, caipirinha, champanhe. Então pra mim vai continuar sendo cidra, tá? A cesta é uma beleza, toda enfeitada! Eu fiquei até sem graça, nem sabia como agradecer. Mas me decidi na hora: vou é tratar de fazer a faxina bem boa na casa deles sempre, porque gente boa merece casa bem limpa!

E o presente do Cleminho? Uma blusa do Inter daquelas bem coladinha e shortinho jeans branco pra usar junto. Amei! E o amigo secreto da turma do pagode tava bem bacana também, não faltou ninguém: Clarineusa, Dyonath Uóxinton, Jucilaine, Lucimara, Richardison, Wanessa Ketelyn, Dieniffer Estefany, Ueslei Antonio, Cleminson e eu. Dei a maior sorte, a Clarineusa me tirou e meu deu um monte de maquiagem e mais um perfume, tudo da Jequiti, que pra ela o preço é de custo, então me dei bem desta vez feito naquela propaganda o amigo da ricaça, como é mesmo o nome dela? Isto: Narcisa: Ai, que loucura!!!!

O problema foi a crise de ciúme do Cleminho porque não gostou que eu dancei muito com o Richardison. Bobajada, né? Tu sabe que eu conheço o Richardison desde guri? È meu amigo desde pequeno e a Lucimara nem dá bola, mulher é diferente. Que mania feia que homem tem de botá malícia em tudo! Mas depois passou a palhaçada, porque em casa eu resolvi tudo, tudinho, daquele jeito que mulher tem de resolver as coisa, tu bem sabe qual é: na cruzada de perna!

Um bom ano pra ti. E vê se segue a minha receita básica pra ser feliz: saúde pra trabalhar bastante, família, amigo, pagode e amor. Não inventa frescura na vida, que pra ser feliz já chega com isto! Bom brinde com cidra ou freichené, porque importa mais a alegria e a companhia do que a bebida que tá na taça! E tomara que o Inter em 2013 traga muita vitória ao povo colorado!

Queridos amigos: tim-tim pra todos vocês!

Diário da Faxineira #17: Capítulo 17 - Peru recheado, cidra da boa e pagode animado!



Quanto tempo, gente! Pois é, tenho que começa logo pedindo desculpa, porque faz um tempão que eu não apareço. To sumidaça mesmo, mas já te explico tudinho e vai longe porque o assunto é longo por demais e tu há de me desculpa. porque a coisa foi feia.

Depois da última vez que te contei da vida, ainda nem tinha passado pela desgraça da prova do Enem, não quero nem ver o danado do resultado, fiz porque as profes do EJA falaram que era bom todo mundo fazer a prova do tal do Enem. Que saber? Eu achei aquilo um horror, me assustô mais que assombração e do que história do fim do mundo e sempre tem algum chato tentando adivinhar o dia que tudo acaba. Que bobajada, né?

Bom, depois da prova do Enem, inventei de fazer umas compra no Paraguai pro Natal e pra venda também, tu sabe que eu tô sempre arrumando jeito de fazer dinheiro, aumentar a renda como diz a minha patroa doutora em Letras. Então foi isto, achei praquelas banda o cd novo do Thiaguinho por um preço muito do bom, tratei de negociar e comprei de monte. Só que na hora da revista do ônibus tive que dar uma explicação na delegacia. Foi uma confusão tão grande, o Cleminson me xingou pra caramba. A sorte é que tinha um amigo estudante de Direito no busão, colega de trabalho da minha cunhada, irmã do Cleminho, lembra da Dieniffer Estefany? O guri me quebrou o maior galho, falô sei lá eu o quê, no fim das conta eu não tive que dormir nem só um dia na cadeia. Imagina eu lá naquele lugar bem sujo, logp eu que sou tão limpinha e cheirosinha e de profissão diarista, não ia gostar nem um pouco da hospedage...

O azar foi que me fizeram devolver todos cd e a sorte foi que consegui pegar pelo menos unzinho pra mim. Porque aí sim ia ser muita da desgraça junta! Bom depois da prova do Enem, da confusão no Paraguai, tive é que arrumar muita faxina de fim de ano para compensar a perda de grana do cd! Sabe aquelas dona que só pega faxina no fim de ano? A casa tá pra lá de suja e a gente aproveita pra cobrar bem, dá trabalho mas dá dinheiro! Assim que fiquei sem te contar nada porque trabalhei foi muito mesmo no mês de dezembro que tá quase no fim.

Quero te desejar um Natal bem bonito com a família e amigo tudo reunido, peru recheado, cidra da boa, pagode animado, que mais a gente pode querer da vida? O resto vem junto: saúde, amor e alegria. E pra ficá tudo de bom mesmo na tua vida, aí vai o príncipe Thiaguinho com uma música danada de bonita: